Eu não sei mais viver sem dor, essa frase foi dita por uma Endometriaca e me fez parar para refletir.
Isso é muito sério, a endometriose não causa só infertilidade e dores físicas, ela faz estragos emocionais, que se não forem tratados, podem sim criar uma co-dependência e virar um vicio de verdade, como uma droga difícil de largar, e muitas vezes pelo vazio da incompreensão, você se apega ao que está ao seu alcance e faz daquilo sua “companhia” seja um remédio que nem efeito mais faz ou até mesmo a dor que acaba te causando uma dependência psíquica.
Vou confessar que muitas vezes eu me deparei “criando” uma dor de cabeça inexistente, só para ter a desculpa de tomar “dipirona” por estar “meio” depressiva no momento, assim que eu tomava, me via feliz sabe porque? Por que era mais fácil “tomar a pílula mágica” do que mudar o que realmente precisava ser mudado e a “falsa” felicidade do momento me “confortava” só que não.
Mudar dá trabalho e muitas vezes é doloroso, mas é preciso ter coragem para enfrentar e podemos até ter apoio das pessoas ao nosso redor, mas não depende delas, só depende de nós, unicamente e exclusivamente de nós, mais ninguém, porém, ter o auxílio de uma terapia pode nos fazer compreender e conhecer o nosso eu interior, que até então, pode ser desconhecido.
Infelizmente, vejo muita gente se entregar, se entregar aos remédios que não curam, se entregar à mesa de cirurgia que não resolve, se entregar ao médico que manipula, se entregar simplesmente por estar perdida, então se ache, procure ajuda profissional se for preciso, mas se encontre!
Ter vontade de morrer por não suportar mais tanta dor, quem nunca pensou nisso? Eu também já, sim sou normal como você!
Sofri muito, chorei pacas, relutei com meu interior, briguei comigo mesma, mas enfim entendi, aceitei, cresci e encontrei lá dentro de mim a força para mudar pela vontade de vencer e poder gritar para o mundo que eu sou capaz e se eu sou, você também é, acredite, Deus capacita os escolhidos. Foi então que as mudanças começaram e eu sigo praticando o desapego, desapeguei do cigarro, desapeguei do refrigerante, desapeguei de Fast Food e até aprendi a cozinhar, desapeguei de remédios, desapeguei até do medo de agulhas para fazer a auto hemoterapia.
O que eu ganhei com tudo isso?
Uma auto confiança que estava perdida, uma liberdade que eu desconhecia e uma felicidade que não tem preço que pague, em poder testemunhar tudo isso para o mundo e se a cada mil que ler, ao menos uma for “atingida” pela minha vitória, já valeu!

Texto Ariane Steffen
29/08/2017

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2 thoughts on “Zona de conforto

  1. Renata Gomes de Santana disse:

    Temos que aceitar que estamos passando pela doença

  2. admin disse:

    Mas a doença não te pertence, é um aviso de que algo não está legal então borá lá reverter ela 😉

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